segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que ñ pareça, foi meu grande gesto de coragem.

Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso. Você pode sofrer por perder alguém. Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: alguma formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples: da sua mãe te chamando pra acordar, do seu pai te levando pela mão, dos desenhos animados com seu irmão, do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural, do cheiro que você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver, e como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter. De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; cuidado com o que anda desabafando e pra quem você anda contando as coisas; confiança é algo que você conquista aos poucos; conte até três (tá certo? se precisar, conte mais); antes só do que muito acompanhado; antes de amar alguém, se ame; esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; renunciar não quer dizer que não ame; abrir mão não quer dizer que não queira; o tempo ensina, mas não cura.


0 comentários:

Postar um comentário